segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Teste 01

Dragões

Os dragões são seres extremamente poderosos, e antigos. Eles não gostam muito das outras raças, pois se acham superiores que os outros povos e um dragão prefere viver sozinho ou então na companhia apenas de outros dragões.

Mesmo sendo egoístas e vaidosos, os dragões são honrados e se caso um dragão aceitar o valor de uma pessoa (o que não é fácil), esse dragão nunca o trairá, mas isso não significa que o dragão irá se rebaixar a um ser de outra raça. No entanto, nos primórdios da raça humana (quando vivia apenas no Oriente), os dragões não eram tão orgulhosos e muitos fizeram alianças com os humanos e até tornaram-se seus mestres e lhes ensinaram a honra.

Porém toda essa vaidade dos dragões tem motivo, pois, por serem antigos, eles são inteligentes e poderosos. Um dragão vive em média de 1200 anos, tendo a vida adulta entre os 200 aos 1000 anos. Mesmo sendo egocêntricos, os dragões não tentam dominar o mundo nem exterminar as outras raças, pois acreditam que já possuem o domínio de tudo e que as outras raças sejam fracas demais para que sejam alguma ameaça.

Os dragões não possuem sub-raças, no entanto há muitas diferenças (como tamanho, forma, cor, e etc) entre cada dragão, e, além disso, existe um tipo de dragão que se diferencia muito da maioria, pois possui patas pequenas ou ausentes e são compridos como serpentes, esse tipo é chamado de enguia pelos dragões comuns, pois esses não aceitam muito a idéia de que as enguias sejam dragões.

As enguias (ou dragões-enguias) vieram dos mesmos antepassados dos dragões, e com exceção de algumas diferenças físicas eles são semelhantes, e por isso as outras raças consideram os dois tipos como dragões e não vêem muita diferença entre eles.

Os cruzamentos entre dragões comuns e enguias são normais, e quando o pai é comum e a mãe uma enguia, o filho será uma enguia, porém possuirá asas (pois as enguias normais não possuem), e se o pai é uma enguia e a mãe um dragão fêmea, o filho será um dragão comum.

Descrição Física Básica dos Dragões:

Os dragões se destacam no mundo inteiro por sua aparência física, são monstruosos e amedrontadores, mas, apesar de muitas pessoas não saberem, eles são extremamente inteligentes. Sua aparência lembra a de um gigantesco lagarto com asas, pois eles possuem escamas e uma aparência reptiliana.

Os dragões não são mamíferos, no entanto também não são ovíparos, pois nascem direto do ventre materno, e a prole de um dragão fêmea é em média de cinco filhotes por gravidez. Todos os dragões nascem com média de trinta centímetros a 1 metro, e ao crescerem atingem o tamanho mínimo de 2,50 metros e o máximo de sessenta metros. Por outro lado os dragões-enguias não seguem esse padrão de tamanho, pois seu comprimento mínimo é de 1 metro, no entanto não há um tamanho máximo, existindo lendas de dragões-enguias que atingiram quilômetros de comprimento.

As escamas de um dragão são uma simbologia de força e bravura, pois o protege de corpo inteiro e são extremamente resistentes, seu tamanho, cor e formato variam bastante para cada dragão, seguindo de acordo com cada família, no entanto a cor de um dragão pode mudar com o tempo.

As diferenças entre dragões comuns e enguias estão apenas no físico, como o seu tamanho (ver acima), além do fato de que enquanto os dragões comuns são bípedes/quadrúpedes, e possuem asas, as enguias possuem patas pequenas ou nenhuma, e alguns, vindo de cruzamento, possuem asas.

A Discriminação entre Dragões e Enguias:

Na verdade os dragões não possuem nenhuma sub-raça, mas há uma distinção popular entre os dragões, da qual se considera apenas dragões os que são naturalmente bípedes e com asa, discriminando dessa forma os que são denominados de forma pejorativa de enguias, que por sua vez são os de corpo alongado e, em sua maioria, sem membros nem asa. Isso fez com que os dragões-enguias começassem a viver isolados dos dragões comuns, mas essa discriminação não abrange a todos os dragões, por isso é comum haver cruzamento entre os dois tipos. E, além disso, as outras raças do mundo não vêem os dragões comuns e as enguias como raças diferentes, nem sub-raça uma da outra, o que faz com que as enguias sejam, na verdade, considerados apenas como dragões.

A origem dessa divisão entre dragões comuns e dragões-enguias ocorreu no inicio da história humana, uma época onde os dragões não eram tão vaidosos nem reservados quanto atualmente. Nessa época não havia rixa entre os dragões e como a raça humana se encontrava somente em alguns poucos reinos no oriente, os dragões, que também se encontravam mais nessa região, começaram a servir de tutores da raça humana, ensinando-lhes diversos talentos, tais como o uso da magia, lutas, e, sobretudo a honra.

No entanto, o dragão Raszurú, um dos principais clérigos do reino de Jotan, ao visitar alguns reinos que se encontravam mais ao leste, observou que nestes reinos os dragões-enguias (na época não havia tal denominação) estavam se apresentando como deuses para o povoado local. Ao ver isso Raszurú se enfureceu, pois achava isso uma ofensa à religião draconiana, tanto por parte daqueles dragões-enguias como por parte dos humanos que os adoravam como deuses e não como mestres. Raszurú informou aos outros dragões de seu reino sobre aquilo e com isso tentaram punir de varias formas os dragões que se julgavam deuses, mas esses dragões-enguias se uniram com outros semelhantes e com os humanos que os reverenciavam. E com isso iniciou a chamada Guerra da Purificação, esse nome se deve ao fato dos dragões comuns terem ganhado a guerra e “purificado” sua raça ao banirem todos os dragões-enguias dela. Os dragões comuns também se sentiram traídos pelos humanos e pararam de tratá-los do mesmo modo de antes.

Após essa guerra muitos dos dragões comuns que se concentravam no oriente começaram a migrar para o restante do mundo, e as enguias, com sua derrota, acabaram ficando reclusos ao oriente, por isso atualmente é mais difícil de encontrar dragões-enguias no resto do mundo.

O nome de enguia para tais dragões é um tanto lendária, pois ocorrera no final da Guerra da Purificação, mas não se tem uma origem exata, possuindo varias versões. Uma das lendas diz que na ultima batalha de tal guerra, Raszurú lutou durante 100 anos com o líder das enguias, eles estavam na beira do mar e ao vencer a luta ele jogou o corpo do dragão-enguia no fundo do mar e o amaldiçoou dizendo que ele e todos os seus semelhantes não faziam parte da raça draconiana, e que não passavam de simples peixes. Outros dragões-enguias também foram jogados ao mar no final da guerra.

Outra lenda diz que quem acabou pondo esse nome foram os humanos, dessa forma tais enguias não teriam morrido na batalha, mas estando ferido, ficaram escondidos alguns anos no mar, humanos da região, assustados ao verem algumas vezes as criaturas acharam ser enguias gigantes com rosto de dragões.

Apesar do nome os dragões-enguias não têm ligação com peixes e não precisam do mar para viver, e esse nome não passa de uma forma pejorativa, tanto que são chamados apenas de dragões entre eles.

A Religião Draconiana:

A religião e os deuses que são adorados pelos dragões variam de reino para reino, e até de dragão para dragão, no entanto, há deuses que são adorados por toda a raça, incluindo as enguias, tais como: a deusa-serpente Yuhpiaxalamatch, reverenciada como uma poderosa deusa-mãe em forma de serpente, sendo ela a mãe do deus dos dragões, na verdade ela é mais respeitada do que adorada, pois pouco se fala dela. O Deus Dragão Drahur, o principal deus para os dragões, possui uma forma semelhante à deles. A deusa Meliana, é adorada por ser a esposa do deus dragão e mãe de toda a raça, é considerada bondosa e protetora. A deusa da magia também é adorada pelos dragões, pelo fato da extrema habilidade e ligação que eles possuem com a magia. Além desses deuses também são adorados os cinco Dragões Velhos, antepassados dos dragões, que, apesar de não serem deuses, são reverenciados.

Existem alguns sacrifícios divinos, mas são poucos no mundo todo, pois normalmente os dragões prestam homenagens, favores e atos para homenagear e honrar seus deuses.

O costume mais amplo e comum da religião draconiana é viajar pelo mundo, pelo menos uma vez a cada 10 ano, para poder visitar os quatro Templos-Lapides Sagrados. Nessa viajem, um número variável de dragões adultos saem juntos e vão até um dos Templos-Lapides e lá acampam, fazem rezas, adorações, e pedidos aos Dragões Velhos, a Drahur e sua esposa Meliana, em seguida tal grupo vai até os templos restantes fazendo o mesmo, quando estes retornam para seu reino, outro grupo sai nessa jornada.

Por ser um costume de toda a raça, é comum sempre ter dragões em tais templos, e também que grupos diferentes se encontrem e até se juntem. Além disso, não há um nome especifico para essa viajem, pois cada local a denomina de uma forma e outros dragões nem a nomeiam.

Essas viagens acontecem constantemente, e mesmo se reinos draconianos estiverem em guerra entre si, os dragões que fizerem parte dessa viagem sagrada não irão guerrear e também não irão ser atacados pelos dragões rivais. Por serem honrados os dragões não mente sobre o fato de estarem ou não participando de uma dessas viagens no momento.

No entanto, esse costume e essa proteção que os dragões viajantes têm se aplica apenas aos dragões, por isso, é comum que eles briguem com seres de outras raças enquanto viajam. Além disso, nesse costume, os dragões-enguias são, atualmente, desconsiderados e normalmente não fazem essa viagem, pois as poucas vezes que fizeram houve batalhas entre eles e os dragões que estavam nos templos.

Os reis dragões são os únicos que não fazem essa viajem, pelo menos enquanto estão no poder, pelo fato de terem um reino a governar, no entanto é comum que mandem um representante seu na viagem.

Há alguns pouquíssimos dragões no mundo todo (sem considerar as enguias) que, por diversos motivos, não gostam dessa tradição e não a realizam, e por isso não são muito bem vistos pela sua sociedade draconiana, mas nem por isso são tratados como traidores ou algo do tipo.

Os dragões possuem diversos outros costumes,mas o único que afeta toda a raça é a viajem pelos Templos-Lapides, os outros costumes variam de acordo com o reino e as famílias.

A Morte de um Dragão:

A maioria das drogas, venenos e doenças não causam nada nos dragões, e eles ainda possuem uma boa resistência as que causam algum mal. Isso não conta poderes divinos e magias.

Por possuir essa excelente resistência, na maioria das vezes se um dragão não morre numa batalha, morre de velhice. A idade é algo que pode matar um dragão, e todos sentem quando estão para morrer, e por isso quando alcançam em média de 1150 anos, é comum um dragão viajar pelo mundo para prestar sua ultima homenagem nos quatro Templos-Lapides e então após isso ele escolhe um lugar para morrer, normalmente esse lugar é chamado de cemitério de dragões, há vários espalhados pelo mundo todo. Tal cemitério é facilmente reconhecido pelo fato de haver muito restos de dragões e uma enorme quantidade de cinzas, que escurecem o local até mesmo aos dias. Apenas as raças mais bestiais têm coragem de viver em tal local, pois o cheiro e as imagens que possui são repugnantes.

Quando um dragão morre naturalmente seu interior começa a se queimar com seu fogo interno, fazendo sobrar apenas cinzas, escamas e ossos, que começam a se decompor.

O Comércio Entre os Dragões:

Em praticamente todo o mundo, os dragões não usam nenhuma forma de minério, pedra preciosa ou metal como moeda entre eles e poucas vezes com outras raças, pois ouro, prata, bronze, e semelhantes não os atraem, a única exceção é o metal Polata, pois é usado em suas armas e armaduras. Em geral os dragões não possuem nem mesmo moeda, pois seu comércio é baseado por trocas de objetos, e principalmente favores, comida, armas e armaduras feitas de Polata.

Esse costume diferente dos dragões enraivece os senhores poderosos e ricos das outras raças, pois dificulta o comercio entre eles. E isso também faz com que muitas vezes pessoas do campo pobre que possuem terreno e gado consigam mais dinheiro do que pessoas ricas, ao trocarem comida (gado) e terreno por minérios, e pedras preciosas com os dragões.

O ouro e a prata não atraem os dragões, mas o fato deles viverem em cavernas e montanhas faz com que tenham mais facilidade em encontrar tais metais e, portanto sempre terem o que muitos de outras raças querem.

Por não haver moeda entre os dragões, e o fato de que cada dragão, ou família deve conseguir aquilo que quiser (alimento, casa, etc) por sua própria conta e risco, não há impostos na maioria dos reinos draconianos. Isso também se deve ao fato dos dragões não deverem nada ao rei a não ser respeito. Porém isso pode gerar alguns problemas em reinos e cidades de dragões que fazem parte de reinos de outras raças.

Combate Entre os Dragões:

Além de serem sábios e poderosos com a magia, os dragões também são poderosos fisicamente, pois são fortes e possuem armas naturais como suas garras, presas, seu sopro de fogo, e alguns dragões ainda possuem algumas protuberâncias de ossos dos quais usam como armas.

Dificilmente um dragão trabalha como ferreiro, e isso somado aos fatos de já possuírem armas naturais e um físico único faz com que eles quase nunca usem armas ou armaduras, as poucas armas que os dragões usam são de contusão, como maças, e bastões, e o único tipo de arma de perfuração que eles usam é a lança, muitas vezes tais armas são construídas por outras raças como um favor a um dragão.

Um combate entre dragões pode parecer algo monstruoso para seres humanóides devido ao seu gigantesco tamanho e brutalidade, mas os dragões na verdade são exímios estrategistas militares. Por outro lado, em ataques contra raças humanóides é mais comum que um dragão ataque simplesmente voando e soprando fogo em seu alvo.

Características dos Reinos Draconianos:

Pelo fato dos reinos draconianos normalmente serem dispersos faz com que eles não variem muito, e, seguindo as características da raça, é possível descrevê-los de forma generalizada.

Para descrição, os reinos dos dragões, em geral, se dividem em dois tipos, os reinos abertos e os fechados.

Reinos Abertos: Estes reinos são praticamente constituídos apenas por dragões, são chamados de abertos, pois não possuem fronteiras delimitadas, o que realmente limita um reino aberto são os dragões de tal reino e não a geografia, pois um reino draconiano, tanto aberto quanto fechado, é na verdade uma gigantesca família e os limites desse reino aberto é apenas os integrantes dessa família.

Reinos Fechados: Os reinos fechados existem em numero menor que os abertos, e começaram a existir conforme os dragões começaram a interagir com as outras raças, esse tipo de reino é limitado por fronteiras geográficas e construídas, da mesma forma que um reino comum, mesmo assim na maioria desse tipo de reino os dragões fazem parte da mesma família. Dentre os reinos draconianos fechados é comum encontrar os que aceitam outras raças e dragões de outras famílias, da mesma forma, há os reinos que não aceitam. Normalmente reinos fechados existem apenas pelo fato da interação dos dragões com outras raças, e, principalmente, por guerras, tanto entre famílias de dragões como dentro de uma mesma família (este último costuma criar uma nova família).

Há também os dragões que não vivem em reinos, estes, ou são filhos de dragões que também não viviam em reinos ou eles mesmos que saíram.

O que identifica um dragão de um determinado reino é o símbolo que ele leva em uma de suas escamas. Este símbolo representa seu reino e é marcado no dragão quando este possui cinco anos pelo seu rei, o qual o faz com seu próprio sopro de fogo.

Se esta escama marcada for arrancada ficará no local uma cicatriz pelo resto da vida do dragão, e isso é o que mostra se um dragão deixou ou mudou de reino. Não é desonra deixar ou mudar de reino, mas pela honra dos dragões eles são obrigados a arrancar a escama com símbolo quando deixam o reino. Os dragões que não possuem cicatriz nem símbolo significam que são descendentes de dragões que já saíram de um reino.

De qualquer forma os dragões que vivem em reinos ou não, tem a tendência de viverem sozinhos, em casais, ou com seus filhos novos, isolados em cavernas e montanhas, por isso o local de um reino draconiano dificilmente possui características que possam identificá-lo facilmente.

O Poder dos Governantes Draconianos:

Os reis-dragões têm um poder forte, mas um tanto vago, pois os dragões em geral seguem a honra e por isso em seus reinos há poucas leis, o que faz com que um rei-dragão tenha mais status do que poder, mas mesmo assim ele é extremamente respeitado, temido, e sua palavra normalmente é lei absoluta.

No inicio de cada reinado o rei-dragão é o chefe da família e possui esse poder até morrer, quando morre, o poder pode passar para qualquer dragão (macho ou fêmea) adulto. Isso ocorre pelo fato dos dragões terem o costume de respeitar e honrar os dragões de seu reino que possuem valor. Por isso quando um dragão morre, começa a época chamada de Reinado de Drahur, e é quando um conselheiro do antigo rei-dragão viaja por todo o reino informando a morte para todos os dragões, e então todos têm a obrigação de se irem à casa do antigo rei para que ocorra a votação na qual decidirá quem será o novo rei. Essa votação é totalmente livre, qualquer dragão adulto do reino poderá votar (apenas uma vez) se quiser ou não em qualquer dragão do reino, normalmente os dragões votados são os que possuem mais respeito, honra, e bravura em todo o reino.

O Reinado de Drahur é um nome sagrado que se da à época entre a morte de um rei e a posse de outro, esse nome significa que religiosamente o Deus dos Dragões Drahur estaria no poder esperando a escolha do próximo, por isso essa espera não pode levar mais de um ano. Às vezes esse período é evitado sendo eleito o futuro rei antes mesmo de o rei atual falecer.

Um dragão fica no poder até morrer, mas é claro que pode ser retirado através de rebeliões que acabam causando sua morte.

Para ser rei é necessário apenas ser adulto e integrante do reino.

O poder de um rei-dragão varia um pouco se o seu reino é aberto ou fechado, pois em reinos abertos o rei-dragão quase não tem controle sobre as relações internacionais da qual seu povo tem, mas em um reino fechado um rei-dragão pode delimitar certos direitos e limites nesse tipo de relação. Mas internamente os poderes de um rei-dragão não variam muito, o poder de um rei é praticamente absoluto em seu reino. E por isso normalmente não há senados em seus reinos, mas é comum o rei ter um conselheiro. Além disso, também não há divisões geopolíticas nos reinos draconianos, inclusive nos reinos fechados, pois o rei dragão tem poder absoluto e não o divide. E da mesma forma que não há divisões geopolíticas em cidades e estados, não há seus governantes.

As Constituições dos Reinos:

É muito difícil encontrar um reino draconiano que possua uma constituição complexa, normalmente esses reinos possuem uma ou outra lei escrita. Isso ocorre pelo fato de que esses reinos possuem o rei como juiz absoluto, e é ele quem rege o certo e errado e quem é culpado ou inocente segundo sua própria avaliação, praticamente como uma ditadura, mas isso não faz com que todos os dragões reis sejam opressores, pois além de ser honrado o povo dragão não aceita ser oprimido.

Classes Sociais:

Monetariamente, os dragões não são divididos em classes, isso se deve ao fato deles serem praticamente auto-suficientes, no entanto é comum haver algumas divisões, principalmente em reinos fechados, essas divisões estão ligadas as funções dos dragões, normalmente há poucos tipos em cada reino, e podem variar de um para outro. Mas mesmo assim as classes que se encontram na maioria dos reinos são a corte real; a classe militar, que, apesar de todos os dragões serem guerreiros por natureza, é normal haver um grupo formado pelos melhores guerreiros, para assim serem mais bem organizados; outra classe é a dos clérigos, que, normalmente servem de ligação entre os dragões e os deuses, além de, muitas vezes, serem os melhores conhecedores de magia do reino. O restante do povoado normalmente não é menos importante, apenas não recebem tais nomenclaturas, mas vivem com os mesmos direitos e da mesma forma.

Corte Real:

A única grande riqueza que separa as cortes reais draconianas do resto do povoado é o respeito e a honra que elas recebem. Isso se deve ao fato dos dragões não darem valor para itens materiais supérfluos. Além disso, é comum a maior parte de um reino draconiano ser da família do rei, por isso é considerado corte real apenas o rei (rainha), esposa (marido), filhos e irmãos próximos.

Força Militar:

Praticamente todos os dragões possuem instinto guerreiro, mas é comum haver uma força militar especial nos reinos draconianos, no entanto sua divisão e organização variam de reino para reino, muitas vezes essas forças militares são formadas por dragões que foram considerados heróis.

Por causa de sua força e poder, é comum encontrar dragões como lideres militares de reinos não exclusivamente draconianos, essa é uma parceria comum que eles fazem com as outras raças.

Classe Clerical:

Igual a maioria das outras raças, os dragões clérigos são a ligação entre um dragão e os deuses. Tais clérigos são tão guerreiros e fortes como qualquer cidadão dragão, mas são os que mais conhecem e dominam a magia. Esses clérigos normalmente são conselheiros do rei, ou então vivem isolados, com a única missão de desvendar os deuses, aliás, muitos dos dragões que não possuem nacionalidade são clérigos.

A classe clerical é tão comum quanto à militar, mas de certa forma possui uma abrangência mais interna, já que dificilmente um estrangeiro irá reconhecer um dragão clérigo.

Relações com Outras Raças:

É natural que os dragões não gostem de qualquer outra raça, pois atualmente são vaidosos e se acham superiores a todos.

No entanto, nos primórdios da raça humana, os dragões foram os mestres dos humanos, ensinando-os diversas artes e magias, mas tal união se quebrou na mesma época em que se “separaram” das enguias. Essa desunião ajudou os dragões a serem amargos com os humanos e outras raças humanóides. Sendo atualmente muito difícil reconquistar a honra e confiança de um dragão.

Quanto aos elfos em geral, os dragões não vêem diferenças entre eles os humanos e os tratam com o mesmo rancor. Mas em relação ao elfos negros e os elfos sombrios, os dragões possuem um ódio em especial, e é impossível tais raças se unirem, é provável que esse ódio venha do fato de ambos sempre terem vivido em cavernas e montanhas, dessa forma estarem constantemente disputando espaço.

A rixa entre anões e dragões se deve ao mesmo motivo dos elfos negros, ou seja, disputa de território, mas, apesar de tudo, os anões são um pouco mais sociais que tais elfos, e algumas vezes conseguem fazer acordos com os dragões. Diferente de sua contraparte maligna, os anões do inferno, que por serem movidos pela maldade pura são tão odiados quanto os elfos negros.

Mas em relação aos dragões-enguias isso difere um pouco, pois apesar de também serem vaidosos e brigarem com os elfos negros/sombrios e os anões, as enguias não vêem os humanos e os outros elfos com o mesmo desprezo que os dragões comuns vêem.

Caçadores de Dragões:

Por terem uma fisionomia monstruosa é comum que seres de outras raças se proclame heróis caçadores de dragões, alguns desses caçadores nada mais são do que caçadores de monstros em geral, e muitos desses não tem sucesso, pois acham que os dragões não passam de simples monstros e não percebem toda a complexidade dessa raça.

Por outro lado também são comuns caçadores especificamente de dragões, estes podem ter diversos motivos para tal caçada, desde um fútil heroísmo até uma profunda vingança, e sua competência varia, tendo na história muitos casos de dragões assassinados por caçadores.

Fonte de Renda:

Em raríssimos casos os dragões usam moedas e dinheiro, e quando o fazem normalmente estão se relacionando com outras raças, isso se deve ao fato de que os dragões são auto-sustentáveis e cada dragão deve ser capaz de lutar por sua própria comida, moradia e o que mais quiser. Mas o que faz com que eles não sejam simplesmente ladrões lutando entre si por comida é o fato de que é muito comum haver trocas entre eles, tanto de favores quanto de itens e comida, isso é o que mais se aproxima de um dinheiro draconiano. No entanto essas trocas não são tão comuns com outras raças, e muitos dragões realmente atacam e roubam reinos de raças humanóides, isso é o que ajudam eles a terem a sua reputação de monstros.

Certas atividades fundamentais que para as outras raças são classificadas como profissões e serviços e geram renda, como agricultura, pesca, pecuária, entre outras, são, para os dragões, tarefas comuns e pessoais. Mas em reinos que unem dragões e outras raças, tais dragões podem até realizar tais tarefas para o reino, enquanto muitos irão ver isso como uma profissão os dragões vêem apenas como um favor ou ajuda. Sendo mais comum eles realizarem favores de extrema força ou então militares, por isso é comum ver dragões com patentes de exército em nações de raças diversas.

Distribuição dos Dragões pelo Mundo:

Por ser uma raça muito antiga e viajarem com facilidade, os dragões se encontram espalhados pelo mundo todo. Apesar de preferirem locais montanhosos, os dragões podem ser encontrados em todo o tipo de terreno, no entanto em locais glaciais do extremo norte e sul e desertos planos há menos dragões. Os locais mais comuns de se encontrar dragões são em cavernas, florestas densas, e a beira de rios, mares e lagos.

Por viverem em diversos tipos de terrenos e pelo mundo todo, é um dos motivos de que fazem os dragões terem muita rixa com as outras raças, principalmente com anões e elfos negros e elfos sombrios, já que a caverna é o principal habitat de ambos.

No extremo leste do continente do norte há uma concentração maior de enguias do que no resto do mundo e menor de dragões comuns, isso se deve a rixa entre eles.

Relações Familiares:

Por viverem muitos anos a família de um dragão é grande, e muitas vezes a população inteira de um reino pode fazer parte da mesma família, no entanto por gostarem de serem isolados eles nunca vivem em bando sob o mesmo teto, suas casas são constituídas por, no máximo, um dragão, sua esposa, e seus filhos novos.

Com exceção de sua esposa ou marido, um dragão não trata outro de forma especial apenas por ser um parente, nem mesmo um filho, pois um dragão jovem começa a viver sozinho antes mesmo de completar cinqüenta anos de idade, o que para um dragão é pouco.

Mas importante é notar que mesmo com o fato de viverem em poucos números por casa, é comum que as cavernas de dragões estejam cheias deles, pois uma caverna é, muitas vezes, um reino ou pelo menos um conglomerado, e não apenas uma casa.

Principais Áreas de Atuação:

Os dragões são seres únicos, se destacam por sua aparência e ferocidade, mas não só por isso, a raça dos dragões é a que melhor conhece e utiliza a magia. Suas habilidades em luta e militar são excepcionais. Mas em relação à socialização eles são muito diferentes, pois não possuem um esquema comercial complexo e também não se importam com artes ou construções, por isso para um olhar leigo eles podem parecer seres primitivos, mas quem teve a honra de conhecer a fundo um dragão sabe que tal raça é única por sua inteligência, honra, conhecimentos da magia e militares, além de uma gigantesca vaidade que, apesar de tudo, é perfeitamente justificada.

Conselho de Unificação Draconiana

Criado por volta de quatrocentos anos atrás pelo dragão Ahrrom (A-Rom). Este conselho, constituído atualmente por 16 membros, tem como objetivo unir todos os reinos draconianos sob um governo só. No entanto esse governo tem a tendência tirânica.

Os integrantes do conselho são os reis dos 16 reinos que estão sob o controle do mesmo. Mas esse conselho é mal visto por praticamente toda a raça dos dragões, isso se deve ao fato dos dragões terem o costume de viverem sozinhos e darem extremo valor a independência e liberdade, dessa forma não gostam de servir tiranos ou qualquer um que não tenha o seu respeito. Além disso, esse conselho está cada vez mais desestabilizado e perdendo membros, no inicio este conselho possuía 25 membros e abrangia uma área muito maior que agora.

O conselho se localiza no norte do continente, em regiões praticamente inabitadas por outras raças. A natureza do local está praticamente imaculada, pois muitos dos locais nunca tiveram contato com civilizações, e, portanto, nem possuem nomes.

Ahrrom foi o fundador e continua até hoje no conselho, e isso faz com que seja o que mais se aproxime de um líder, pois o conselho não possui líder e todas as decisões são tomadas por votação, e Ahrrom tem um papel importante nesse caso.

E um dos motivos desse conselho ser mal-visto é também Ahrrom, pois apesar de, atualmente, ele não ser tão cruel como antes, em seu passado ele já foi conhecido como a Besta de Fogo, revelando como ele já foi.

Por volta de trezentos anos de idade, Ahrrom já era rei, e seu reino acabara de perder a Guerra do Norte de Gal, no qual lutou contra um reino de elfos negros aliados aos humanos. Com isso Ahrrom se sentiu indignado e então decidiu criar o conselho, com o objetivo de unir todos os dragões e assim se tornarem imbatíveis.

Da mesma forma que Ahrrom, os outros quinze membros do conselho não aceitam as enguias como dragões, e por conseqüência elas são proibidas de entrar em qualquer um dos reinos filiados ao conselho, aliás, todas as outras raças também são proibidas de entrar.

O Metal Polata

O metal polata é encontrado somente no interior de montanhas e cavernas, apesar de existir no mundo todo, se concentra mais no Oeste.

Sua aparência é muito parecida com a da prata, mas também é possível encontra-lo na cor de bronze. Ele é considerado como sendo um metal próprio dos dragões, alias, existem lendas de que fora o deus dragão Drahur quem criou e distribuiu pelo mundo esse metal, os dragões são os únicos que usam esse metal, transformando-o armaduras.

Essa relação com os dragões se deve ao fato das características da polata serem mais apropriadas para eles, pois além de existir somente em montanhas e cavernas, local comum dos dragões, a polata é um metal extremamente pesado e tóxico para a maioria das raças, mas a força e a imunidade a venenos que os dragões possuem fazem da polata um metal inofensivo.

A característica mais peculiar da polata é a sua vibração única e natural, esse metal está em constante vibração, mas de forma sutil da qual é imperceptível aos olhos, essa vibração faz com que a polata seja inútil para construções, e a torna desconfortável e ainda mais pesada para uso como armas e armaduras. Entretanto os dragões são os únicos que conseguem identificar essa vibração e se adequar a ela, dessa forma suas armaduras feitas desse metal se tornam mais leves e confortáveis, pois é como se um dragão com tal armadura vibrasse junto a ela.

É comum dos dragões não usarem armaduras, pelo fato de suas escamas serem resistentes, mas a vibração da polata faz com que ela seja ainda mais resistente que suas escamas. Por outro lado é extremamente raro encontrar um dragão-enguia usando qualquer armadura inclusive feita de polata.

Todas essas características fazem da polata um metal exclusivo dos dragões e muito valioso para eles, no entanto apenas para eles, sendo usado para comercio somente entre os dragões.

O Futuro dos Dragões

Da mesma forma que acontece com as outras raças, não há uma certeza geral do que acontecerá no futuro dos dragões e nem na pós-vida de cada um, mas existe uma lenda da qual pertence à crença deles. Os dragões acreditam que cada um precisa viver de forma honrada e notável para que quando morrerem serem aceitos pelo Deus Dragão, essa lenda de certa forma se compara com a história de Corurbará, que teve que provar seu valor para o pai, os dragões que não forem aceitos terão sua alma perdida para todo sempre, os que forem serão acolhidos e treinados pelo Deus Dragão, esse treinamento servirá para que seja formado um exercito de dragões do qual, no futuro, voltará para o mundo dos vivos e será liderado por um dragão especial que nascerá para enfrentar estranhos seres que tentarão roubar o universo, essa luta servirá para que o universo seja salvo e que a raça dos dragões possa continuar a existir.

Algumas outras variações dessa lenda dizem que tal dragão esperado é nada menos que o Veor-hus – o Imortal.

Origem dos Dragões

Como muitas outras raças, a origem dos dragões está ligada aos Deuses.

A poderosa Deusa-Serpente Yuhpiaxalamatch (Yu-pia-chá-lá-ma-tchi), teve quatro filhos: Supay-pia, a Deusa-Víbora; Cobak, o deus dos jacarés e crocodilos; Cucalámá, o deus do povo-lagarto, e, o mais velho de todos, Drahur, que mais tarde se tornaria o Deus Dragão.

Drahur se apresenta com uma forma reptiliana semelhantes aos dragões, mas incrivelmente mais aterradora e magnífica, aliás, seriam raros os mortais que teriam coragem de olhar para tal deus pessoalmente. Mas apesar disso ele não é considerado horrendo para os outros Deuses.

Drahur era um deus nervoso, egoísta, mas, de certa forma, honrado, e que sempre teve o costume de viver isolado dos deuses. Um dia ele se apaixonou pela deusa Meliana, o amor foi recíproco e juntos tiveram três filhos e duas filhas. No entanto esses filhos não possuíam o que pode se chamar de talento divino, e por isso não eram considerados deuses e sim meros mortais.

Esses filhos foram os primeiros da raça dos dragões a nascerem, no entanto eram muito diferentes dos dragões atuais, eram muito mais sábios, poderosos e astutos.

Drahur ficou decepcionado ao ver que seus filhos não eram deuses e os achava fracos, sem honra nem dignidade, ele resolveu matá-los, mas Meliana interveio e não permitiu que Drahur matasse seus filhos, irado com isso ele expulsou sua esposa e seus filhos de casa.

Meliana vagou pelo mundo com os seus filhos até escondê-los em uma caverna e se separou deles, temendo que Drahur os seguissem. E os cinco dragões cresceram sem saber de seus pais.

Meliana sabia que Drahur não era ruim, era apenas egoísta, e então resolveu ajudar seus filhos a ganharem o respeito de seu pai, ela retornou até a caverna onde eles moravam. Meliana contou a seus filhos toda a verdade e então seu filho Corurbará ficou indignado e resolveu se vingar, mas ela o conteve, pois sabia que se os dragões mostrassem algo de que Drahur achasse poderoso e digno, ele os daria seu respeito.

Meliana viajou pelo mundo para encontrar algo que poderia ajudar seus filhos, após um longo tempo a deusa já estava desistindo, pois não conseguia encontrar nada que lhe pudesse ajudar. Até certo momento em que foi avistada pelo Deus do Fogo, ele quis saber o motivo de tamanha tristeza dela, a deusa explicou tudo para ele, e o Deus do Fogo disse que talvez pudesse ajudá-la e a seus filhos, pois ele já era um velho conhecido do Deus-Dragão, e um de seus poucos amigos, e sabia a tamanha fascinação que ele tinha pelo elemental do fogo, e com isso ele tinha uma idéia do que poderia fazer.

O Deus do Fogo encontrou os cinco dragões e explicou que poderia ajudá-los, ele os ensinou a ter todo o domínio do fogo do qual podiam, até mesmo ao ponto de criarem seu próprio sopro de fogo, o que se tornou uma das principais características da raça dos dragões. Ele disse que com isso eles talvez pudessem conquistar o respeito de seu pai. Mas todos os dragões ainda estavam incertos e temerosos, com exceção de Corurbará, apenas ele teve coragem para ir até seu pai e desafiá-lo para mostrar seu valor, seus irmãos ficaram espantados com sua coragem, e o denominaram de Corurbará – O Corajoso. Drahur aceitou o desafio em uma luta, e para mostrar seu valor, Corurbará mostrou toda a potencia de seu sopro de fogo, o que assustou de inicio seu pai, pois ele nunca vira aquilo. Fascinado com aquele poder Drahur interrompeu o desafio e admitiu que estava enganado quanto ao mérito de seus filhos, ele aceitou o valor deles e começou a partir daí começou a respeitá-los.

Logo após os dragões terem conquistado o respeito de seu pai, Corurbará revelou que tudo aquilo fora arquitetado pela sua mãe, Meliana com ajuda do Deus do Fogo, e isso fez Drahur perdoar sua antiga esposa e se unirem novamente.

O Deus Drahur ofereceu sua moradia para seus filhos, mas todos recusaram, pois admitiram que agora adultos teriam que ter a dignidade de seguir suas vidas e construir sua própria raça. Os cinco dragões voltaram a viver suas vidas comuns, mas agora sabiam que podiam contar com a ajuda e o respeito de seus pais.

Da 1ª Geração em Diante:

Os Dragões Velhos, como são agora chamados os filhos de Drahur, tiveram vários filhos entre si, nove da união de Corurbará com Maha Uma, onze entre Doranmus e Ulará, e sete de Ulará e Veor-hus. Estes filhos são considerados a 1ª geração de dragões, pois seus pais são considerados os antepassados de sua raça, isso ocorre pelo fato de que, apesar de serem praticamente iguais a seus pais, os filhos são muito mais fracos, tendo o mesmo poder que os dragões atuais.

Pelo fato de serem poucos (27), a primeira geração continuou a raça através do incesto (da mesma forma que os pais). Esta geração conviveu com os Dragões Velhos, e enquanto eles estavam vivos foram eles quem liderava os dragões. Na sexta geração os dragões já viviam em um reino, pelo fato do numero em que eram, e todos os Dragões Velhos já haviam morrido, isso fez com que o reino draconiano começasse a entrar em colapso, pois os dragões que lideravam os estados do reino draconiano começaram a lutar pelo poder do reino inteiro, isso fez com que o reino aumentasse, pois certos dragões, para fugir das brigas começaram a viver em cantos mais isolados. Considera-se que esse primeiro colapso dos dragões fez com que sua raça perdesse muito de sua honra, e, teoricamente, hoje os dragões buscam novamente essa honra para terem uma vida e uma pós-vida digna e em paz.

Após algumas décadas essa primeira guerra acabou, mas apesar de voltarem a prosperar, os dragões não estavam vivendo mais unidos, pelo fato de que muitos casais se afastarem da guerra e acabaram criando famílias isoladas. Por isso nessa época a raça draconiana estava apenas com um reino e muitas famílias e pequenos condados ao redor. Essas famílias e condados continuaram a crescer formando novos reinos e assim por diante, iniciando o modo de vida atual dos dragões e seu domínio por todo o mundo.

Os Dragões Velhos

Os cinco filhos de Drahur, o deus dragão, são atualmente chamados de Dragões Velhos, todos já estão mortos (com exceção, talvez, de Veor-hus – O Imortal), eles são reverenciados, junto com o deus dragão, por todos os dragões do mundo.

Em numero de cinco, eles foram:

Corurbará – O Corajoso, ele recebera esse titulo ao desafiar seu pai e, receber dele, o seu respeito. Casou-se com sua irmã dragão, Maha Uma – A Feiticeira. Ele é um símbolo de inspiração entre os dragões guerreiros e/ou lideres.

Veor-hus – O Imortal, ele tinha o costume de viajar pelo mundo e uma lenda diz que ele se tornou imortal numa dessas viagens, quando comeu o Gado da Vida do deus pastor Qhamim. Casou-se com sua irmã, Ulará – A Sábia, após a morte de seu irmão Doranmus – O Protetor. Pouquíssimos seres sabem o atual paradeiro de Veor-hus, nem se ele esta realmente vivo.

Maha Uma – A Feiticeira, fora ela quem descobrira a magia entre os dragões e ensinou para os seus irmãos, algumas lendas dizem que ela aprendeu a utilizar a magia diretamente com um avatar da Deusa da Magia. Ela é extremamente poderosa e por isso temida e respeitada até mesmo entre seus irmãos. Teve inúmeros filhos com Corurbará, incluindo dragões comuns e enguias. Ela é respeitada até hoje por muitos dragões magos, principalmente dragões fêmeas magas.

Doranmus – O Protetor, ele é o dragão mais próximo de Meliana. Um dia quando Meliana visitou seus filhos dragões, o deus Caern, um dos filhos-veneno de Supay-pia, em forma de serpente sorrateiramente aproximou-se dela e tentou atacá-la, mas Doranmus percebeu Caern e protegendo sua mãe acabou sendo envenenado no lugar dela. Os outros dragões perceberam isso e atacaram Caern, o qual fugiu mutilado. Com esse ato Doranmus passou a ser chamado de o Protetor, mas com o passar dos anos seu corpo começou a se deteriorar, suas escamas se tornaram de cor cinza e se despedaçavam. Doranmus percebeu que ia morrer logo, e fora o primeiro a morrer entre os dragões.

Ulará – A Sábia, considerada a mais inteligente dos filhos de Drahur, ela conhece a maioria das artes e pericias e foi ela quem ensinou seus irmãos, filhos e sobrinhos, apesar de que, com o tempo, os dragões tenham perdido boa parte de sua apreciação por artes. Mas mesmo assim foi ela quem tornou os dragões meditativos e sábios. Ulará, por sua curiosidade, descobriu entre sua raça a astronomia, medicina, diversas técnicas de luta, a agricultura, e outros ofícios.

Os Quatro Templos-Lapides Sagrados

Entre a sexta e oitava gerações dos dragões, foram criados em quatro cantos do mundo, quatro templos em respeito aos quatro Dragões Velhos (Corurbará, Maha Uma, Ulará, e Doranmus). Esses templos serviam para os dragões prestarem grandes homenagens aos Dragões Velhos, e também simbolizavam as tumbas de seus respectivos dragões.

Atualmente duas se encontram no continente do norte, sendo a do leste referente ao dragão Corurbará, e a do oeste ao dragão Doranmus. Outras duas se encontram no continente do sul, a do leste se refere a Maha Uma e a do oeste a Ulará. O local desses templo-lapides são apenas simbólicos, pois ninguém sabe realmente onde estão os restos dos Dragões Velhos ou se há algum resto.

O templo de Doranmus já fora destruído uma vez, mas está inteiro novamente. E o templo de Ulará fora destruído duas vezes e continua em destroço, apesar de ainda ser usado.

Existe a lenda de um quinto templo, em homenagem a Veor-hus – o Imortal, mas cada um diz que pode estar em um lugar diferente, e outros dizem até mesmo que serve de moradia para o Veor-hus, e todas as histórias são obscuras.

A Família de do Deus-Dragão Drahur

Há outros Deuses que, apesar de não serem adorados pelos dragões, fazem parte de sua mitologia por terem ligações com Drahur, o Deus Dragão.

Yuhpiaxalamatch, a Deusa Serpente:

Yuhpiaxalamatch aparece na forma de uma gigantesca cobra, ela é uma rainha e rege todas as cobras e serpentes. É uma deusa poderosa, vingativa e ambiciosa, e é também extremamente maternal e por isso não gosta que seus filhos lutem entre si.

Yuhpiaxalamatch teve quatro filhos, o primeiro foi o deus-dragão Drahur, o segundo foi a deusa-víbora Supay-pia, o terceiro o deus Cucalámá, e por ultimo Cobak, o deus dos crocodilos.

Supay-pia, a Deusa Víbora:

Esta foi a segunda filha de Yuhpiaxalamatch, ela é muito parecida com a mãe, pois também rege as cobras e serpentes, porém apenas as peçonhentas, Supay-pia aparece em forma de uma cobra venenosa ou de uma mulher escamosa ou comum. Da mesma forma que a mãe, ela é vingativa e ambiciosa, mas é traiçoeira e não liga para seus filhos, sua mãe é o único ser com o qual Supay-pia demonstra respeito e amor, mas esse amor, aparentemente, não tem retorno, pois sua mãe a culpa de ter transformado as cobras em assassinas.

Desde que nasceu, Supay-pia sempre teve um ódio por Drahur, e constantemente o atacava direta ou indiretamente, através de seus filhos.

Apesar de ser deusa apenas das cobras venenosas, Supay-pia é mãe de todas as cobras e répteis, com exceção do crocodilo, jacaré e tartarugas. Todos os seus filhos, Supay-pia teve com o Cucalámá, inclusive o povo-lagarto. No entanto ela não o ama, o usa apenas para ter filhos com os quais possa usar para seus devidos propósitos.

Cucalámá:

Ele é pai da maioria das raças de répteis. Sua aparência é humanóide reptiliana, igual a do povo-lagarto, seus principais filhos, e da mesma forma que esses seus filhos, ele é burro e selvagem, e por isso é constantemente usado pela sua mulher, a deusa Supay-pia.

Apesar de ser pai de varias raças de répteis, ele é adorado apenas pelo povo-lagarto.

Cobak:

Ele foi o ultimo filho da Deusa Serpente, e por não se sentir a vontade próximo de seus irmãos, Cobak se afastou de todos logo ao nascer, ele caminhou durante décadas no deserto até encontrar um oásis, onde viveu isolado por muitos anos, em um determinado dia Cobak viu nadando no lago de seu oásis um crocodilo fêmea, este era na verdade Calina, uma deusa que vivia no local e ao ver Cobak se apaixonou por ele e para seduzi-lo se transformou em um ser parecido a ele, pois Cobak possui a aparência de um crocodilo humanóide. Cobak também se apaixonou por ela, e eles tiveram alguns filhos, dando origem a raça dos crocodilos e dos jacarés, no entanto os dois perceberam que o oásis estava ficando pequeno para eles e seus filhos, para isso Calina, que era uma deusa do local e, portanto, controlava natureza do ambiente, transformou o oásis e o deserto inteiro num imenso pântano, sendo até hoje um dos maiores pântanos do mundo. Depois de feito isso os filhos de Cobak e Calina conseguiram prosperar pelo mundo inteiro, segundo as lendas Cobak e Calina ficam constantemente viajando juntos pelo mundo observando seus filhos.

Cobak é um deus que prefere apenas a companhia de sua esposa, ele é bom e protetor, mas se irrita facilmente. Em toda sua vida ele teve poucos contatos com seus irmãos e pais, mas esses contatos serviram principalmente para que ele aprendesse a magia se tornando um grande deus mago. Ele é adorado bastante por seres reptilianos, seres (principalmente os magos e andarilhos) que vivem em pântanos e desertos. É comum das pessoas pedirem permissão e proteção de Cobak e/ou Calina ao entrarem em pântanos.